14.6.04

Beijos e abraços e flores e lenços a acenar

Este é o último post deste blog. Sou de birras e amuos e decisões imediatas quando se tornam necessárias. Mais tarde, quando penso, verifico que foram as certas. Tenho essa sorte, a de sobreviver por instinto. Se fosse assim armada ao pingarelho, diria, já ando por cá há uns tempos e não sou burra de todo: o instinto também é isso. Quando abri este 'um dia destes...' o que seguia as reticências era, evidentemente, '...acabo com este blog.' Nunca foi uma morada permanente, apenas uma passagem, uma paragem e uma continuação. Serviu a sua finalidade. Pelo caminho, a vertigem percebeu mais algumas coisas curiosas. Devo ser o autor na blogsfera que melhor sabe quem são os seus leitores: os links do lado, que estão agora em 'casa' (mais alguns que acrescentarei depois do lado de lá), são aqueles que lêem o que eu escrevo, que foram à minha procura, que se interessaram pela pessoa por detrás das letrinhas. O resto, como já escrevi, é o politicamente correcto, a palmadinha nas costas certas. Que é coisa que vejo todos os dias a toda a hora: no meu blog, tenham santa paciência, não e não e não. Sou irreverente e sou do contra e rio-me de tudo e quero lá saber. Quem não gosta que meta à borda do prato. Um abraço a todos e muito obrigada.
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Acordei

ali mais ou menos por alturas das Forças Armadas. Estava a ouvir uma musiquinha gira no rádio, está calor, é verão, e pensei: não devo nada a ninguém e estou-me borrifando numa data de coisas. Entre as quais algumas que mais vale borrifar de uma vez por todas. E esta sempre foi provisória e continua a ter o sabor de emprestada. Vamos voltar para casa, amigos? Pelo sim, pelo não, vou começar a alterar o template.
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O post anterior

Não entrou a horas, blogger a dar erro. O livro: Middlesex, Jeffrey Eugenides. Depois do The Virgin Suicides, este é... ...é de ir a correr comprar, e ler até acabar. Que foi o que fiz (só não fui a correr comprar, que queria a versão original e quando a tive, guardei-a para ler quando houvesse tempo), não parei de ler até agora. Não parei de ler até hoje de madrugada, cinco da manhã e eu a ler. Não parei de ler durante todos os bocadinhos livres de outros passeios e andanças de férias. Li durante os espaços todos, durante três dias. Acabei agora. E a minha vontade é relê-lo. Já. Quando se lê um livro assim, um destes extraordinários livros, não há qualquer vontade de escrever. Aquilo é bom. E tudo o resto é paisagem e, muito provavelmente, perda de tempo. Não escrevo isto no sentido depreciativo, em auto-crítica; é apenas a constatação de factos: há gajos que escrevem umas merdas e há gajos que escrevem livros muito bons. E há gajas palermas que, por vezes, perdem tempo com umas merdas que escrevem, em vez de pegarem no livro que estava à espera no cimo da pilha há sei lá quanto tempo. Moral do post: 1. Quero ir viver para o meu mato (mania recorrente no regresso de férias). 2. Havia pirilampos. 3. Não vi o jogo, estava a ler. 4. Ler mais, escrever menos.
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13.6.04

Regresso

com um livro a meio. A ver se o acabo hoje, já que me considero ainda em férias.
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9.6.04

Férias

Encerrado para férias. Bom feriado, bom fim de semana.
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Uma coisa em forma de assim

Fui ali ao arquivo procurar uma coisa antiga e dei comigo a ler seguido o que escrevi. Não me reconheci.
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Cerezas

A palavra era certezas. Os dedos insistiram, uma, duas, três vezes nas cerezas; deixo assim. E já não escrevo o post que ia escrever.
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Coisas mesmo estúpidas

Que querem, eu gostava dele.
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Coisas estúpidas

Um tipo leva com um peixe na cabeça e pifa. É assim.
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Tava eu aqui a considerar

que não tinha grande coisa para escrever (como se isso fosse algum problema...) e depois (acendi um cigarro, o costume) havia ali qualquer coisa a debicar-me o pensamento e eu sem conseguir perceber o que era. Não é que não tenha uma data de merdas a debicar-me o pensamento. Algumas delas até mordem e mordem o tempo inteiro, mas com essas posso eu bem, é apenas uma questão de hábito e de fazer qsss qsss: morde aqui, anda lá, vê lá se consegues, tá bem tá...porque as que moem o juízo (no mesmo curto prazo) são as outras, as galinhas-pensamentos, ali a picar miolos. Aquela coisa do 'mas como é que se chama aquele autor?' e 'será que deixei o ferro ligado?' e 'olha, não é que agora se me varreu o número de telefone de casa?!' Mas há uns pensamentos desses que são excelentes. E o meu foi este: Estou aqui agora e amanhã a esta hora... ...tou de férias caneco! A ler o meu livrinho e a ouvir o vento e a ver pirilampos. Olé! Contentinha que estou! Isto não quer dizer que daqui até lá não encha esta treta de coisecas...
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